mandalas vivas

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Uma oficina feita com homens, homens determinados e corajosos, que conseguem, a cada dia, melhorar sua alimentação. Parabéns amigos, Lauremar, José e Henrique.

oficina em BAIA FORMOSA novembro 2013

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Café, almoço e jantar no paraíso

 

Oficina de alimentação viva em BaiaFormosa,RN

 

Dia 9 de novembro

 

 

 

Cardápio

 

Café: suco verde, geléia, mandalas, granola.

 

Almoço: muqueca de cajú, farofa e guaca mole.

 

Jantar : torta viva

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NO EMPÓRIO PURA VIDA 16 de novembro

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OFICINA EM OLINDA

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Palestra no SENAC

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“TERRA” Novo CD de Ana Diniz

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CD TERRA

1 Amanheceu do Dia -BRZA71000001 -2:39′
2 Borboleta -BRZA71000002 -3:32′
3 No Sertão do Pajeú -BRZA71000003 – 3:13′

4 Mamãe Oxum  -BRZA71000004 – 3:55′

5 Água da Fonte -BRZA71000005 – 2:37′

6 Flores do Canavial -BRZA71000006 – 2:11′

7 Sementes de Amor -BRZA71000007 – 3:11′

8 Curumim -BRZA71000008 – 4:24′

9 Onde Eu Canto Um Galo Canta -BRZA71000009 – 5:43′
10 A Estrela Vai Brilhar -BRZA71000010 – 3:25′

11 Beija-flor -BRZA71000011 – 4:08′
12 Ando -BRZA71000012 – 3:50′
13 Terra Tupi Guarani -BRZA71000013 – 4:39′

14 Pra Te Cantar -BRZA71000014 – 3:24′

15 Cidade Grande -BRZA71000015 – 5:35′
“Corre em mim a cultura de um povo, dos ancestrais as cantadeiras, do quintal para o universal, com os pés enfiados na terra e os braços abertos pro céu em gratidão para amar o destino seja qual seja e sempre, pra tocar e cantar um sentimento profundo, pra cultivar um jardim florido cheiinho de borboletas.”
Ana Diniz

Ficha Técnica

Autoria e Produção: Ana Diniz

Direção e Produção Musical: Ana Diniz e Fernando Neder

Arranjos: Ana Diniz, Fernando Neder e André Cunha

Programação Visual e Fotos: Alexandra Arakawa

Maquiagem: Mariana Vuolo

Gravação, Mixagem e Masterização: Fernando Neder

Estúdio Orgânico -Rio de Janeiro- RJ- 2010

Músicos e instrumentos

Ana Diniz –Voz (todas), apito, maracá, pé (6).André Cunha –Violinos (1,2,5,9,10,12,14,15). Beto Lemos –Viola (13). Diana Cordeiro César – coro (10,13). Dudu Bierrenbach –Baixo (13), Fernando Neder – Coro(4), Sampler (6,15), Tumbadora (13), Guilherme Maravilhas – Sanfona (3,11), Igor Teitelroit –Flauta (8), Isabela Carpena – Coro(10). Jane Pessoa – Coro(13), Joas Santos -Tambor-onça (1), Pandeiro (2,15), alfaia(2), Xequerê(2,4), gota, castanhas, berimbau, agogô, ilu(4), ganzá(8), derbak(13), M’tama(9). Joel Ferreira – Sax(7,14). Jonas Correia -Trombone(7), Juliana Manhães – Pandeirão, maracá, matraca, chocalho do cazumbá, apito(1). Reppolho -Zabumba(3,10,11), triângulo(3,11), coquinho(3), alfaia(5), caxixi(5,9,14), surdo, caixa e garrafanzá(7), preaca e surdinho(8), derbak(9), gonguê e ganzá(10), tambura tibetana e pau de chuva(12), agogô e afoxé(11), djembê, castanhas e xequebum(13). Crianças: Janus Gabriel(2), Clarinha Neder(8).

Agradecimentos
A todos que participaram e apoiaram. Aos amigos: Adriana Millet, Alessandra Alves, Aline e Luiz Nelson e a RPPN Bom Retiro, Amanda Beraldo, Ana Branco(biochip), Antônio Braz Diniz, Adriano Araújo, Camila Santo, Candida Botafogo, Carolina Seabra, Carlos do APFEL-SP, Catarina Neves, Evandro Euriques(JPPS), Fabíola Arakawa, Gabriela Apolônio, Geraldo Guimarães, Giovania Costa, Guilbert Nobre, Henrique Leiner, Igor Mathias, Ivan Teixeira, Jerimum de Olinda, Juliano Pires,  Kal Venturi, Kleper Reis, Luiz Braz, Maria Luiza e Projeto Terrapia, Mauro Delê, Mestre Nico, Oficina de Alimento Vivo Trigo e Girassol, Ovidio Pereira, Rainha Marivalda e a Nação de Maracatu Estrela Brilhante, Regis Pontes, Renata Lara e Sonia, Rita Moura e kehl, Sandra Maciel e Mariano Pikman,  Sonia Guimarães, Thiago Figueiredo, Valeska Lopes, Vanessa Machado, Victor Gargiulo, Wallace Cavalheiro,Yamuna, Zélia Dourado, a cidade do amor – Lar de Frei Luiz.
Agradecimento especial a John Lima, Luzia Lemos, Osvaldo Gazotti, Roberto Lessa, Diana Cordeiro e Clarinha Neder, Concita e Simon.
Dedicado a Maria Diniz (mãezinha) e Janus Gabriel (filhote)

Apoio
João Paulo Machado e Reciclarte, Dario Regis e a Vestígio Produções, Fernando Neder e o Corpo Seguro, Renata Lara e a Casa Cultural Anitcha, Sarah Cristina, Fernando Bicudo e Ópera Brasil.

CD TERRA

Ana Diniz

 

Rio de Janeiro, maio de 2010

Estamos num momento de grande transformação planetária, me pergunto qual o meu papel neste momento e só ouço a resposta: cantar, cantar e cantar.

Estando ligada ao céu, a terra e aos irmãos, levando as mensagens que me foram enviadas, da melhor forma que puder, que leve a paz, o amor e a luz, que possa alegrar os corações, Juntos Somos Um.Gratidão.

 

Minha História

Depois de muitas andanças pelo Recife, em Pernambuco onde nasci e sempre morei, agora me aventuro pelo Rio de janeiro, em Recife o encontro com os mestres e as colegas pesquisadoras da cultura foram essenciais, o encontro com o Balé Popular do Recife foi a faísca, passando por muitos grupos de teatro, dança, música, pela universidade e pelas festas do povo. Hoje repasso tudo que aprendi da minha maneira com inspiração divina e informações dos estudos que fiz nestes 21 anos envolvida com arte, de preferência tudo misturado, pois acredito que tudo é uma coisa só e só tem sentido se toca a nossa alma.

 

Este cd é como o amanhecer do dia

num jardim cheiiinho de borboletas

no sertão do pajeú,

a mamãe oxum vem pra perto de mim

com água da fonte e flores do canavial

pra germinar sementes de amor.

Eu vou cantando a paz para o curumim cochilar,

porque onde eu canto um galo canta

e vejo a estrela brilhar.

Como um beija-flor vou sentindo o doce do mundo,

ando sobre o mar,

sobre a terra tupi guarani

pra te cantar,

cantar o amor

nesta cidade grande.

O CONCEITO

 

A diversidade rítmica do cd revela parte da riqueza cultural de Pernambuco e vizinhança, sendo este o conceito pretendido.

 

SER,

DIVERSO,

DE VÁRIOS UNIVERSOS,

QUE COMPÕEM O UNIVERSO,

NO VERSO.

 

Com o boi, que não é de Pernambuco, mas do Maranhão, no sotaque da baixada, do boi de Pindaré, AMANHECEU O DIA,.

Com os cocos BORBOLETA e ÁGUA DA FONTE ,

com o xote NO SERTÃO DO PAJEÚ, e o baião BEIJA-FLOR ,

com o afoxé,o toque pra Oxum, MAMÃE OXUM,

com a influência indígena em FLORES NO CANAVIAL ,

com o frevo SEMENTES DE AMOR,

com o caboclinho CURUMIM,

com o maracatu A ESTRELA VAI BRILHAR em homenagem aos maracatus, especialmente ao Estrela Brilhante do Recife e o Estrela Brilhante de Igarassu com seu toque, ou baque característico.

E a ciranda quase instrumental PRA TE CANTAR,

Além das fusões de ritmos, invenções e inspirações ancestrais e universais ONDE EU CANTO UM GALO CANTA, ANDO, TERRA TUPI GUARANI e CIDADE GRANDE.

 

Para os que não fazem idéia do que eu estou falando faço alguns esclarecimentos sobre que danado de rítmos são estes:

 

 

Boi do Maranhão e Sotaque da baixada

Bumba-meu-boi, boi-bumbá ou pavulagem é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida.

Os grupos de Boi do Maranhão estão classificados em sotaques (estilos, formas, expressões, “feitios” e maneiras), segundo características peculiares das diversas regiões do Estado onde surgiram, fazendo realçar indumentárias, instrumentos, ritmos, coreografias, personagens e temas diferenciados.

 

SOTAQUE DA BAIXADA
De toque mais leve e suave, com pandeiros e matracas, possui no vestuário, ricos ornamentos, realçando exuberantes e enormes chapéus de fitas com testeiras bordadas de canutilhos em chuvisco e penas de ema nas pontas. Dentre seus personagens, destaca-se o

cazumbá – exclusivo desse sotaque – numa alusão mágica a um ser místico (meio homem, meio bicho) representado com máscaras características, bata e chocalho na mão. Evolui em coreografia única, com requebros evidenciados pelo cofo que esconde atado na cintura. Há variações entre grupos dos municípios de Pindaré, São João Batista, Viana e os grupos da Baixada radicados em São Luís.

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Bumba_meu_boi

 

UM POUCO SOBRE O SOTAQUE DA BAIXADA NO BOI DO MARANHÃO POR JULIANA MANHÃES.

…Possuem instrumentos como o badalo ou chocalho, uma espécie de sino, de alarme, que anuncia a chegada dos cazumbas. Pandeirões menores, cobertos com couro de animais e aquecidos no fogo para afinação; maracás de alumínio menores, tambor-onça (parecido com a cuíca do samba); e o instrumento mais popular, as pequenas matracas, e o apito do amo cantador ou dos amos, aqueles que puxam as músicas e comandam a cantoria.

Os personagens do boi se dividem entre os dançarinos, tocadores, cantadores e algumas figuras mascaradas. Organizam-se com a formação de uma roda ou cordão, em filas. Os personagens do boi de sotaque da baixada, tanto no interior quanto na capital são: índias, caciques, baiantes cantadores, batuqueiros percussionistas, o amo, a burrinha, a onça, o vaqueiro, o pajé e/ou doutor, os encaretados Pai Francisco ou Negro Chico, Catirina, cazumbas, as mutucas e a figura central que é o boi. No interior encontramos diversas figuras de animais como o carneiro e o urubu; Micaela, uma boneca gigante feita de cabaça que representa a esposa do patrão ou amo; além da Maria – carregadeira do Santo, uma mulher vestida toda de branco que fica segurando um quadro com a imagem de São João, como uma homenagem ou pedindo licença.

(MANHÃES, Juliana Bittencourt. Memórias de um corpo brincante: A brincadeira do cazumba no bumba-boi maranhense. Dissertação de Mestrado em Teatro na UNIRIO, 2009.)

 

Cultura Popular de Pernambuco

 

Por Michelle de Assumpção.

Jornalista e crítica musical do DIARIO DE PERNAMBUCO

 

O estado de Pernambuco é celeiro de um grande número de manifestações da cultura popular. Elas convivem entre o fazer espontâneo e o espetáculo pronto para consumo. Entre o esforço pela permanência de tradições herdadas dos antepassados e a abertura aos novos tempos. Originárias de festas de fé e de trabalho, compõem um cenário diverso o suficiente para confundir turistas desavisados que chegam ao estado na época de sua principal safra: o carnaval. É nesta celebração coletiva e democrática que vemos e ouvimos pulsar todos estes ritmos, cores e tradições que consagram Pernambuco como um dos territórios nacionais de maior riqueza musical. Frevo, forró, maracatu de baque virado e de baque solto, caboclinho, coco, ciranda, cavalo-marinho, bumba meu boi, afoxé, emboladas e repentes estão presentes há mais de século nas festividades religiosas e profanas de diversas comunidades, centrais e periféricas.

Ao lado do frevo, o maracatu configura-se como a manifestação mais emblemática de Pernambuco. Até a primeira metade do século XIX os cortejos dos reis negros – de onde se origina o maracatu – não faziam parte do Carnaval, só desfilavam pelas ruas por ocasião de suas festas religiosas ou ainda quando do embarque de africanos libertos de volta para a África. Na segunda metade deste século é que começam os registros da presença do Rei de Congo nos festejos de Momo, junto com outras manifestações populares, como o bumba meu boi e o fandango. Hoje, a formação padrão de um grupo de maracatu Nação inclui apenas instrumentos de percussão: vários tambores grandes (alfaias), caixas e taróis, ganzás e gonguê (metalofone de uma ou duas campânulas, percutidas por uma vareta de metal), cuja quantidade varia de acordo com as condições de cada grupo. Os batuqueiros e demais percussionistas seguem o comando do mestre de toadas. Este “puxa” as loas, que são respondidas pelo coro, formado pelos próprios músicos e também pelos demais personagens do cortejo do maracatu: rei e rainha, baianas, caboclos de pena e demais dançarinos.  O maracatu Nação é também chamado maracatu de baque virado, a denominação evidencia a função dos tambores nesta trama, que “viram” a cada comando do mestre para executar novas cadências de batidas.

O coco de roda pode-se dizer que tem origem no encontro de índios que foram habitar o interior do estado, em regiões do agreste e até sertão, com os negros fugidos do trabalho escravo nas capitais. Daí se espalha para adquirir peculiaridades em cada um dos cantos onde passou a ser feito.Dentre todas as manifestações populares, o coco é a brincadeira mais fácil de ser executada pela simplicidade de sua estrutura, quatro pessoas, três percussionistas e um cantor, já promovem a brincadeira. Usando apenas o trio básico do coco de roda: pandeiro, bombo e ganzá. O bombo faz a marcação principal, enquanto que o pandeiro e o ganzá preenchem os demais espaços da música. Os tocadores, cantores ou bailarinos (se houver) também acrescentam à marcação a batida dos próprios pés no chão. O cantor, enquanto isso, embala o ritmo com canções melodiosas, de conteúdo jocoso, sarcástico, de duplo sentido, ), romântico, social, etc. No sertão de Pernambuco, em Arcoverde, os grupos de coco fazem sua principal marcação com tamancos de madeira utilizados pelos seus dançarinos. É por isso chamado coco de trupé (que vem de tropel) ou samba de coco.

 

Com a ciranda também é assim, o ritmo quaternário é lento e tem seu compasso bem marcado por uma pancada forte da zabumba (ou bumbo). Esta recebe o acompanhamento do tarol e do ganzá. É comum também a presença de um metal, geralmente saxofone, que segue a linha melódica do canto da ciranda.

Na composição do cancioneiro popular pernambucano também é marcante a presença dos toques do candomblé, que foram para as ruas e palcos representados pelos afoxés. A popularização desta cultura como gênero musical, pelo menos em Pernambuco, deu-se apenas dos anos 2000 para cá. São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande, que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama rum, (grave) o médio rumpi, e pequeno, lê (agudo). O balanço sincopado dos xequerês (cabaças envolvidas numa rede de miçangas) fornecem malemolência à rudeza dos toques dos atabaques e embalam seus dançarinos, que evoluem em passos retirados das danças para os orixás.

 

Caboclinhos, Frevo, Forró e Música Indígena

As tribos de Caboclinhos se apresentam com rei (cacique), rainha (cacica), capitão, tenente, guia, contra-guia, perós ou indiozinhos, porta-estandartes, caboclinhos, caboclinhas, pajé, caboclinhos caçadores, princesas e curandeiro. A orquestra é formada pelos seguintes instrumentos: gaita ou flautim (de taquara, também chamado inúbia), caracaxás ou mineiros, tarol e surdo. Musicalmente, mantém forte ligação com os cultos de origem indígenas e é possível reconhecer elementos orientais (indu, chinês, árabe, ameríndio, incaico), sem nenhuma referência européia, presente na maioria dos outros folguedos. Sempre vestidos de tangas e cocar de penas de aves (ema, avestruz e pavão), os caboclinhos usam ainda uma variedade de adereços, tais como: pulseiras, braçadeiras em pena (caboclos), colares de contas e sementes (no pescoço), pequenas cabaças (na cintura), flechas grandes (para moças) preacas, que consistem em arcos com flechas retesadas, presas, que puxadas, produzem um estalido seco, marcando o ritmo.

O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileiros com origens no estado de Pernambuco, misturando marcha, maxixe e elementos da capoeira. Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

O forró, assim como o samba, possuem as mesmas raízes, ou seja, ambos se originaram da mistura de influências africanas e européias. “Na música nordestina, um toque indígena, uma pitada européia, um tempero africano; é só degustar…” já citava um dos especialistas no assunto.O batuque – dança de roda com que os africanos mostravam a sua cultura – foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular no Brasil. Dele surgiram diversas variações que se espalharam tanto em áreas urbanas quanto rurais sob vários nomes e estilos próprios conforme a região do país.

O baião: sua origem remonta ao século XIX, no nordeste do país, mas faltam informações precisas para esse início. Segundo alguns, a palavra vem de ” baiano”. O baião veio do lundu e era dançado em roda; um dos presentes intimava os outros a dançar por meio de umbigadas e toques de castanholas. O baião apresenta diferenças regionais e de época. Existe o baião de Pernambuco, que é o tradicional, tocado com sanfona, triângulo e zabumba,
O xote: ritmo de origem européia que surgiu dos salões aristocráticos da época da Regência – final do séc XIX. Conhecido originalmente com o nome schottisch, dominou no período do Segundo Reinado incorporando-se depois às funções populares urbanas, passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote. Saiu dos salões urbanos para incorporar-se às regiões rurais, onde muitas vezes aparece com outras denominações.

A música indígena brasileira é parte do vasto universo cultural dos vários povos indígenas que habitaram e habitam o Brasil. Sendo uma das atividades culturais mais importantes na socialização das tribos, a música dos índios brasileiros é polimorfa e de enorme variedade.A maioria dos povos indígenas associa sua música ao universo transcendente e mágico, sendo empregada em todos os rituais religiosos. A música indígena é ligada desde suas origens imemoriais a mitos fundadores e usada com finalidades de socialização, culto, ligação com os ancestrais, exorcismo, magia e cura. É importante também nos ritos catárticos, quando a música “ao trabalhar com proporções, repetições e variações, instaura o conflito ao mesmo tempo em que o mantém sob controle.”.A voz e o canto são dominantes na música indígena, mas existe um muito variado instrumental de apoio e séries de peças orquestrais .Nos grandes ciclos dançados voz e instrumentos adquirem igual importância, e por fim, como ápice da vocalidade, os cantos de guerra são executados a capella.Seu instrumental inclui instrumentos de percussão e sopro, mas classificações próprias dos índios fazem distinções diferentes, com dezenas de categorias para “coisas de fazer música”. Os instrumentos podem ser feitos de uma variedade de materiais, como sementes, madeiras, fibras, pedras, objetos cerâmicos, ovos, ossos, chifres e cascos de animais.

Fontes: http://www.viagemdeferias.com/recife/cultura/caboclinho.php, http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo, http://www.mvirtual.com.br/pedagogia/mosaico/cultura_forro.htm, http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_ind%C3%ADgena_brasileira.

 ENCONTRO COM OS MESTRES por Ana Diniz

A grande oportunidade de me encontrar com os mestres inspirou meu trabalho, sinto na alma a força dos seus cantos.

Quando fui a Igarassu e conheci Olga e seu Acorda Povo; quando fui a Garanhuns no Boi da Macuca e conheci o Coco Raízes de Arcoverde e anos depois tive a chance de conviver com eles; quando fui a festa de São Pedro em Xambá e conheci Candieiro; ao trabalhar com Zé Neguinho; ao conviver sendo integrante da Nação Estrela Brilhante por 12 anos,com a rainha Marivalda e Mestre Valter,viajando pela europa; ao conhecer Dona Duda da ciranda e seu Zé Duda do Cavalo Marinho; ao chegar no terreiro do Estrela de Ouro em Chã de Camará; ao estar com Ana Lúcia e Dona Jovelina do Amaro Branco; com Mestre Cústódio do Chuva de Prata; ao ir no Cruzeiro do Forte encontrar Mestre Nico; são momentos inesquecíveis, deles surgiram muitas músicas: COCO BAMBO,DONA DUDA e ZÉ DUDA do primeiro CD, e agora no TERRA tem A ESTRELA, mas a força e a emoção que sinto na presença dos mestres influencia de uma forma geral o questionamento: cantar pra que? sinto que tem um encantamento, uma função maior que me faz portadora desta canção, músicas que recebo por inspiração como energia e as traduzo para a linguagem musical dentro de minhas possibilidades, o mestre pra mim é um canal que ilumina o mundo com seu cantar, merece todo o respeito, a maioria morre sem o reconhecimento e em condições de difícil sobrevivência, eles também tem as suas provas, mas ouví-los cantar e mover o brinquedo é uma graça, um presente, ter a oportunidade de conviver e aprender com eles é uma benção, por isso saúdo os mestres, o povo que canta, que vive a arte na vida, na terra, com os filhos, os visinhos, festejando a vida, estando em movimento.

Agora falam um  pouco os que participaram mais a frente no Cd, meus amigos Fernando Neder, André Cunha, Joás Santos, Repolho e Juliana Manhães.

Entrevistas

 

Reppolho

 

“Participar do cd da Ana Diniz foi muito prazeroso por ser um trabalho musical, criativo, e autêntico, proporcionando-me boas inspirações pela qualidade das composições. O seu trabalho musical tem a prioridade de valorizar e preservar a nossa cultura nordestina de maneira moderna e orgânica traduzida para uma linguagem urbana através do seu canto em harmonia com ritmos tradicionais do nordeste.

O encontro com a música da Ana aconteceu depois de ouvi-la em seu cd cocos, cirandas e canções e durante a uma das suas apresentações em Recife no carnaval de 2008. No Rio de Janeiro tive o prazer de conhecê-la pessoalmente e ser convidado para participar desse seu novo cd concretizando a nossa amizade e a minha admiração.”

 

Reppolho é percussionista, compositor, pesquisador, produtor e arranjador pernambucano. Nascido em Recife chegou ao Rio de Janeiro em 1979 para tocar Johnny Alf, trazendo na bagagem uma nova linguagem para percussão brasileira.

Através da sua expressão cênica de palco apresentada de maneira visceral, traduz para um dialeto urbano toda força e tradição dos tambores como forma de expressão e valorização da nossa cultura afro-descendente, que caminha junto à tecnologia.

 Músico de expressão no Brasil e no exterior, conhecido por acompanhar nomes consagrados da nossa MPB como: Johnny Alf, Gilberto Gil (por 7 anos), Gal Costa, Milton Nascimento, Nana Caymmi, Paulo Moura, João Bosco, Carmem Costa, Wanderléia, As Frenéticas, Zezé Gonzaga, Blitz, Jorge Mautner, Tim Maia, Elza Soares, Pepeu Gomes, Baby do Brasil, Elba Ramalho (5 anos) e Deborah Blando, sua parceira na música “Unicamente”, tema da novela “A Indomada (Rede Globo 1998).

Atualmente trabalha há 12 anos com Moraes Moreira.www.myspace.com/reppolho

 

  “a base das minhas pesquisas que começaram durante o ano 1980 nas minhas andanças acompanhando Gilberto Gil pela África, Oriente Médio e América Central. E durante a minha passagem por esses países fui observando ritmos e instrumentos que se se assemelham com os nossos. Foi aí que comecei a conhecer ritmos e instrumentos que deram origem aos nossos. A partir daí tenho me dedicado aprofundar mais meu conhecimento através da leitura, lendo o livro “Música de Feitiçaria” do mestre Mário de Andrade o primeiro a desvendar o nosso folclore na década de 20, “Música Popular Brasileira” Oneyda Alavarenga (1950) a maior autoridade na música folclórica, “Maracatus do Recife” Guerra Peixe e atualmente estou lendo o livro “Cultura Popular Brasileira” (1973) de Alceu Maynard Araújo da Academia Paulista de letras. Essa pesquisa que nasceu dentro dessa minha vivência de 35 anos de estrada, está sendo registrada em um pequeno dicionário sobre instrumentos de percussão com cem instrumentos para serem distribuído durante os meus workshop’s nas escolas Municipais e Estaduais. Fazendo com que essa nova geração tenha conhecimento do valor etnógrafo desses instrumentos na nossa cultura, mantendo-os vivos em harmonia com a tecnologia.”

 

Joás Santos

“Minha participação foi uma experiência muito importante e gratificante.

 Desde as minhas primeiras parcerias com Ana Diniz nos palcos me senti muito seguro.

 No estúdio sempre muito à-vontade pra combinarmos os arranjos.

 Temos idéias parecidas e muita afinidade nesta linguagem que e a música Pernambucana mais com outras influências do Mundo. 

 Além disso a sua música trás tranqüilidade, alegria e uma mensagem importante pra os dias de hoje.

 Estou muito feliz em estar fazendo parte deste trabalho!”

 

  Joás Santos é percussionista e luthier, nasceu em Recife, onde através da capoeira e do samba, conheceu a percussão. Regeu o bloco afro Resistência Negra durante 10 anos em Paulista – PE. E em Olinda fundou a banda Dum Dum Batá. Tocou com: Tonami Dub, Andrew Tosh, Monte Zion, Roberto Isaias de Angola, Brasáfrica, Coco de Umbigada, Coco de Corda e com os grandes mestres do coco, como Ana Lúcia e Mestre Ferrugem. Tocou também com o Maracatu Reciclando em Folia. No Rio de Janeiro gravou com o grupo Digital Dubs, o álbum “Brasil Riddins”. Gravou também com a banda Cidade Negra, com Ras Bernardo, Dubkasm da Inglaterra, Monte Zion, Dubterian da Alemanha, Brasáfrica, Positividade, Jahstafari, entre outros. Fez turnê com: Pato Banton, Monte Zion, QG Imperial, Digital Dubs, Ras Bernardo. Dá aulas de percussão. Como pesquisador de tambores africanos, Joás Santos desenvolveu trabalhos como luthier, confeccionando seus próprios instrumentos, reaproveitando materiais como PVC, placas de raios-X, polietileno, garrafa pet, latas e outros.

 

“Este é de um trabalho rico e conquistador que sempre esta crescendo.

 Com tanto talento e originalidade que cada vez mais está se enraizando no espaço da música Brasileira. Meu caminho musical é sempre em busca de conhecimentos e novas influências e o encontro com a Ana Diniz foi e sempre vai ser especial porque nós nos entendemos muito bem musicalmente. Temos tantas idéias parecidas que imagino que é só o começo.”

 

André Cunha

“Conheci Ana Diniz pelas ruas de Santa Teresa, onde moro. Ao apresentar-me com violinista, seus grandes olhos verdes brilharam. Pouco tempo depois me somei a outros dois percussionistas para o show de lançamento de seu primeiro disco na Gávea. Foi o meu primeiro trabalho como rabequeiro. Inesquecível. Contaminei-me com suas cirandas, cocos e maracatus sem antídoto. Caí de amores por Pernambuco. Depois disso a gravação do seu segundo cd. Ela mesma cantarolava os arranjos que ia criando enquanto eu transcrevia encantado. Ana é cantora de rara sensibilidade, flor brotada na raiz da música brasileira. Sem os vícios dos conservatórios, ela tem o pé na tradição e a cabeça na contemporaneidade. Para Ana, borboleta é música que voa.”

 

Fernando Neder

“Minha participação no cd foi TOTAL

O trabalho musical é ÚNICO! PÓS MODERNO DE RAIZ!”

 “MEU CAMINHO MUSICAL É ORGÂNICO, O ENCONTRO COM A MÚSICA DE ANA DINIZ É FÁCIL E PRAZEIROSO, AINDA QUE POR VEZES COMPLEXO”.

Juliana Manhães

“Estar presente no cd de Ana Diniz me fez sentir brincante no seu sentido mais puro do termo, pois pude tocar os instrumentos do boi da baixada, sotaque que há dez anos vivencio no Boi da Floresta, brincando de cazumba mascarado. O que achei mais empolgante foi o fato da Ana me permitir fluir no toque trazendo o espírito da brincadeira, e a partir dessa percussão ela foi inserindo sua bela voz.

Conheci Ana Diniz na cidade do Rio de Janeiro em brincadeira na rua e rapidamente ela veio participar de uma oficina de dança, com seus conhecimentos de Pernambuco, e eu adorei sua maneira de trazer a tradição e sua experiência para o ensino.

Tenho certeza que esses cantos e toques deste novo cd estão traduzindo suas memórias e vivências com a cultura popular.

E que esse som nos embale para muita dança e alegria, porque Ana sabe de maneira orgânica e viva proporcionar esse espírito festivo da nossa diversidade brasileira!”

 

Gravado e editado no estúdio orgânico, maio,2010.

Produção Ana Diniz e Amigos.

Gratidão.

Novo cd de Ana Diniz

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cd terra ANA DINIZ

 

Este cd é como o amanhecer do dia

num jardim cheiiinho de borboletas

lá no sertão do pajeú,a mamãe oxum vem pra perto de mim

com água da fonte e flores do canavial pra germinar sementes de amor.

Eu vou cantando a paz para o curumim cochilar,porque onde eu canto um galo canta e vejo a estrela brilhar.

Como um beija-flor vou sentindo o doce do mundo,ando sobre o mar, sobre a terra tupi guarani,

pra te cantar, cantar o amor, nesta cidade grande.

O CONCEITO A diversidade rítmica do cd revela parte da riqueza cultural de Pernambuco e vizinhança, sendo este o conceito pretendido.

 SER,

DIVERSO,

DE VÁRIOS UNIVERSOS,

QUE COMPÕEM O UNIVERSO,

NO VERSO.

 Com o boi, que não é de Pernambuco, mas do Maranhão, no sotaque da baixada, do boi de Pindaré, AMANHECEU O DIA,.

Com os cocos BORBOLETA e ÁGUA DA FONTE ,

com o xote NO SERTÃO DO PAJEÚ, e o baião BEIJA-FLOR ,

com o afoxé,o toque pra Oxum, MAMÃE OXUM,

com a influência indígena em FLORES NO CANAVIAL ,

com o frevo SEMENTES DE AMOR,

com o caboclinho CURUMIM,

com o maracatu A ESTRELA VAI BRILHAR em homenagem aos maracatus, especialmente ao Estrela Brilhante do Recife e o Estrela Brilhante de Igarassu com seu toque, ou baque característico.

E a ciranda quase instrumental PRA TE CANTAR,

Além das fusões de ritmos, invenções e inspirações ancestrais e universais ONDE EU CANTO UM GALO CANTA, ANDO, TERRA TUPI GUARANI e CIDADE GRANDE.

ANA DINIZ

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ANA DINIZ

SHOW EM SÃO PAULO

 
No ano de 2006 começa seu trabalho solo na música após fazer parte de diversas bandas do Recife. Faz shows pelo Brasil, recebe o Prêmio Geraldo Azevedo de melhor intérprete e realiza oficinas de “Cantos e Danças Tradicionais de Pernambuco”.
 
Em 2007 lança seu Cd em pleno carnaval multicultural do Recife, ao lado dos maracatus, afoxés, bois, cocos e todas as manifestações que fazem parte da sua vida e da sua música, Acompanhada pela alfaia ea rabeca. Suas canções transportam o ouvinte do litoral ao sertão contando histórias de lugares, pessoas e falando de amor.
 
Seu Cd foi eleito um dos 20 melhores de Cd’s 2007 MUSICNEWS pelo site. Tem sua música distribuída digitalmente para o mundo pela BM & A e recebeu ótimas críticas de jornalistas de renome nacional como José Teles (Jornal do Comércio-Recife-PE), Lauro Lisboa Garcia (Estado de São Paulo), Leonardo Lichotte (Jornal “O GLOBO” , Rio de Janeiro-RJ).
 
Seu canto, intercalado por rápidos agudos guturais, é acompanhado por uma percussão certeira e uma rabeca tensa em alguns momentos, outros em tênue, joga a lembrança à música moura, mediterrânea, vinda via Portugal, e acoplada já há muito tempo a canção brasileira. Despojado, cru e impressionante, especialmente é o estilo interpretativo de Ana, curiosamente parecido com uma técnica eslava de canto, lembra a cantora russa Sainkho Namtchylak, uma das musas da música do mundo.
                                           
Também se mostra promissora em composições, como uma dançante Já Pode Começar ea sinuosa Vem Amar Esse Som, de melodias simples e letras bem talhadas, que falam de amor, fome, seca e poder da música pois Ana Diniz não é apenas mais uma cantora urbana que abraçou os Ritmos da Zona da Mata, ela traz uma maneira pessoal de cantar os rítmos populares, sem comparações ou semelhanças com qualquer congênere.
Aparentemente é música tradicional do interior de Pernambuco, porém aos poucos, os arranjos e, sobretudo, o canto de Ana Diniz impõe sua originalidade.
 
 
Principais Atuações
Participação no Programa Sopa Diário, TVU, Recife, PE – Agosto de 2007
Programa de rádio “Ao Vivo entre Amigos” – 17h05 – 27 DE FEVEREIRO de 2008 – MEC AM 800kHz, Rio de Janeiro-RJ.
Eleito como um dos melhores de 2007 CD’s – Music News – 21/12/2007 – Por Lauro Lisboa Garcia.
Entrevista a REDE GLOBO NORDESTE, Recife-PE
Participação na coletânea “Volume 2 do CD-Promo da BM & A com” uma música Coco Bambo.
Prêmio Geraldo Azevedo de Melhor Intérprete, Petrolina-PE – Setembro de 2006
Participação na Feira da Música Brasil, Recife, PE – Fevereiro de 2007
Lançamento do CD: Recife (PE) 02/2007, Piracicaba (SP) 04/2007, Recife (PE) 05/2007, João Pessoa (PB) 06/2007, Limeira (SP) 08/2007, Sta. Bárbara (SP) 08/2007, São Paulo (SP) 10/2007, Rio de Janeiro (RJ) 12/2007 e 08/2008.

Hello world!

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